O que são Tendências?
As tendências são processos de mudança que resultam da observação de comportamentos da sociedade e em particular dos consumidores e que originam a criação e o desenvolvimento de novas ideias, comportamentos e atitudes.
O CEARTE, através do LOC - Laboratório de Orientação Criativa, disponibiliza um serviço gratuito de análise e acompanhamento de tendências de moda e de mercado.
É fruto desse trabalho de observação sistemática que o CEARTE apresenta aqui, através do LOC, aquilo que entendemos como alguns dos exemplos das principais tendências de moda, decoração, design e mercado para o setor do artesanato em Portugal. Tendências essas que poderiam ser representadas por outros tantos exemplos, diferentes ou iguais.
Não pretendemos com esta mostra assumir um modelo para a produção artesanal, nem sequer marcar um caminho único para o setor, queremos isso sim, mostrar com estes exemplos que existem vários caminhos, várias alternativas, várias soluções para os desafios que o setor enfrenta.
Porque seguimos as tendências?
Através da análise de tendências é possível detectar mudanças, pequenos sinais emergentes nas atitudes dos consumidores (e também dos produtores) que nos dão pistas para mudanças maiores a médio/longo prazo.
Detetar estas pequenas mudanças, conhecer as suas origens e razões pelas quais acontecem, e os motivos pelos quais os consumidores as tomam, permite-nos definir estratégias de atuação, antes de elas se massificarem. Desta forma conseguimo-nos antecipar e responder às próximas necessidades e expetativas dos consumidores.
O conhecimento das tendências permite a criação e produção de objetos artesanais diferenciados, de caráter contemporâneo, mas que remetem para a identidade portuguesa pelo tratamento das temáticas e pelas tecnologias e materiais utilizados.
A criação de ideias, de novos produtos ou de novas estratégias necessitam de grandes doses de criatividade e de conhecimento/informação sobre os clientes e o mercado em que se vai trabalhar, mas também é preciso muita planificação e organização para que se consigam atingir os resultados esperados. Isto não é fácil de fazer dentro de uma Unidade Produtiva Artesanal, pois, o artesão/criador, é muitas vezes o único operacional, responsável por todas as tarefas, desde a recolha da matéria prima até à venda do produto, passando pela contabilidade ou o processo criativo.
As tendências atuais nas artes e ofícios
As tendências que aqui apresentamos são fruto da observação sistemática que o CEARTE faz do setor, e que podem ser representadas por outros tantos exemplos, diferentes ou iguais.
Não pretendemos com esta mostra assumir um modelo para a produção artesanal, nem sequer marcar um caminho único para o setor, queremos isso sim, mostrar com estes exemplos que existem vários caminhos, várias alternativas, várias soluções para os desafios que o setor enfrenta.
São estas alternativas que, têm estado a atrair novos profissionais, novas áreas, novos públicos, novos mercados, que em conjunto, ajudam a reinventar a imagem do setor, através da valorização das suas técnicas e produções, das matérias-primas, impondo-se pela sua diferença e excelência num mundo cada vez mais globalizado.
Esta mostra não é fruto do trabalho desenvolvido no CEARTE, mas sim de produtores e marcas que estão no mercado e representam as mais recentes tendências de moda e de mercado, no fundo um espelho do que há já alguns anos o CEARTE tem vindo a apontar como um possível caminho para a renovação do setor, mantendo-o dinâmico, atrativo, e com elevado potencial de crescimento.
Os consumidores pesam cada vez mais todos os critérios de cada vez que necessitam de efetuar uma compra. Essa atitude vem do maior valor que dão à necessidade de experienciar um produto em detrimento de simplesmente o ter. Por isso tudo é tido em conta: a estética, a função, o preço, o local e modo de aquisição, a relação com o autor/produtor …, o que significa que para o artesão é necessário ter todos os campos em aberto quando se pretende vender.
Tal como temos vindo a observar ao longo dos últimos anos, o artesanato e a manufatura de elevada qualidade está cada vez mais na moda.
Os processos artesanais continuam a cativar os consumidores, sobretudo ainda mais agora que até as grandes marcas investem na promoção das mãos de quem faz, nas mãos dos artesãos e na beleza dos processos de manufatura lentos e elaborados.
Este crescimento de interesse pela produção artesanal, alimenta a tendência de uma vida mais lenta, mais desligada da azafama dos tempos modernos, procurando o afastamento das tecnologias e das redes sociais, através de produtos mais naturais e sustentáveis.
Este interesse pela produção artesanal, produção em pequena escala e de elevada qualidade, abre ainda mais a porta ao consumidor enquanto co-autor dos produtos que compra, através da personalização, que hoje em dia é muito mais do que a simples aplicação de um monograma. Esta relação direta entre comprador e produtor, promove a autenticidade, facilita a experimentação e a compreensão do valor acrescentado pela produção manual de elevada qualidade técnica e estética.
Esta autenticidade é o centro da tendência em que o design intervém na atualização de técnicas e padrões históricos, nunca deixando perder a sua identidade, aproveitando a memória coletiva dos artesãos, mas atualizando o artesanato tradicional, mantendo-o vivo para o mercado, criando peças com gostos e formas modernas.
Relatórios de Tendências para o setor das Artes e Ofícios em Portugal:
- Relatório de Tendências 2013
- Relatório de Tendências 2014
- Relatório de Tendências 2015/2016
- Tendências e Tradições 2016/2017
- Tendências e Tradições 2017/2018
- Tendências e Tradições 2018/2019